Você sabe qual a origem do cafezinho que toma todo dia?

Conhecer de onde vêm os produtos que você consome pode fazer a diferença na vida de muitas famílias que tiram o sustento de pequenas áreas. O norte do Paraná já foi conhecido como CAPITAL MUNDIAL DO CAFÉ e esta cultura esta presente até os dias de hoje.

Você sabe qual a origem do cafezinho  que toma todo dia?
A cultura do Café no Norte do Paraná já foi conhecida mundialmente.

Quando você compra um produto essencial, para o dia a dia, já parou para pensar em toda a cadeia pela qual ele passa e até onde seu dinheiro está chegando, mesmo indiretamente? Quando consome o cafezinho de cada dia, ele pode até ser preparado no próprio estabelecimento, mas o grão para fazê-lo pode ter vindo de outro lugar.

Quando a gente escolhe saber de onde vem o que leva à mesa é grande a chance de apoiar pequenos produtores rurais, que algumas vezes têm limitações tecnológicas e dependem da mão-de-obra familiar. Eles representam uma boa fatia do segmento da agricultura, que é uma das principais atividades econômicas do Paraná.

O restaurante Mornings, de Curitiba, especializado em café da manhã, tem em seu cardápio duas torradas campeãs de vendas que levam cogumelo fornecido pela Chácara Aguro, que fica Região Metropolitana de Curitiba. Da Biozen, chega a kombucha; da La Colônia, o tofu orgânico; e da Maçã Padaria Artesanal Brasileira, o pão artesanal, cuja farinha orgânica vem de pequenos moinhos do interior paranaense.

Ou seja, o cliente que consome no estabelecimento dos sócios Renata Schaitza e Luiz Eduardo Melo está indiretamente contribuindo com a renda de pequenos produtores da região. “Quanto mais local for a origem do produto, menos logística, menor é o impacto e ainda apoiamos quem é local. Não somos um estabelecimento que apenas vende comida, mas que apoia o meio ambiente e a comunidade em seu entorno”, afirma Renata.

Por conta da pandemia, os sócios decidiram disponibilizar gratuitamente o espaço do Mornings aos domingos para a realização de uma feira de produtos locais, sem cobrar por isso. São três parceiros fixos até aqui: Chácara Recanto das Laranjeiras (frutas, verduras e legumes), Padaria Maçã (pães e geleias) e Chácara Aguro (cogumelos). “Muitos restaurantes fecharam e isso prejudicou muito a renda de pequenos produtores. Nas duas edições que fizemos, eles venderam 100% da produção exposta, com lucro integral para eles”, conta Renata.

Mel de família

O mesmo acontece de quem escolhe o Mel Maria Flor, vendido em Curitiba no empório, ou por e-commerce de produtos naturais e mídia social. O alimento é produzido em apiários de Bocaiúva do Sul, Colombo e Piraquara. A marca existe desde 2017, com grande aceitação tanto para consumo próprio e presentes, devido à sua identidade visual, além da qualidade do produto. O envase é feito pela Associação Paranaense de Apicultores (APA), que garante aos pequenos o selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF), dentro das normas do Ministério da Agricultura.

A sócia-proprietária Rafaela Ronconi conta que o Mel Maria Flor é um mel orgânico, de origem em mata nativa. Além da qualidade de um mel puro para a vida das pessoas, é grande a preocupação com a preservação da natureza do Paraná. “Não adianta apenas extrair o mel e não cuidar das abelhas, porque elas são fundamentais para nossa existência. Por isso se diz que se as abelhas deixassem de existir o homem teria apenas mais cinco anos de vida, porque elas são responsáveis por mais de 70% da polinização de alimentos que consumimos”.

O Mel Maria Flor também é cheio de história. Rafaela herdou do avô, Sebastião Ramos Gonzales, a atividade com as abelhas, iniciada há 30 anos na família. Ele foi um dos precursores das feiras de apicultores em Curitiba, que aconteciam na Praça Osório. E o negócio prospera. A aceitação da marca refletiu em um aumento de 30% nas vendas, de janeiro a agosto de 2020, em relação ao mesmo período do ano passado.

A meta agora é ampliar o mix de produtos, desde a oferta de própolis à confecção de camisetas, com a ideia de fechar parcerias para movimentar o comércio e o trabalho dos produtores locais. O conceito, segundo Rafaela, deve ser estender entre os consumidores. Para a jovem empresária, uma sociedade que se ajuda e apoia quem está ao lado é economicamente sustentável.

Por Governo do Paraná

Acesse o site: http://www.feitonoparana.pr.gov.br/